TÉCNICAS PSICANALÍTICAS
CURSO

O curso “Ressentimento: o afeto aprisionado” proporcionará a você um entendimento sobre a importância de se detectar afetos ressentidos (mágoa, raiva, vontade de vingança) e principalmente de se promover – através de técnicas e do trabalho psicanalítico – a elaboração e a resolução satisfatória desses sentimentos mudando assim a forma da pessoa se posicionar na vida.
PREÇO R$ 180
CRONOGRAMA
Finalidade da Aula
Entender ressentimento como um afeto de cunho contingente e agravável e estudar seus efeitos na psiquê e no trato social.
Aula
01
Público
Interessados em Psicanálise, psicologia, aspectos da vida cotidiana e todos que desejarem se aproximar e se aprofundar no tema.
Objetivos de Conhecimento
Exposição teórica do professor e interação e discussão a partir das perguntas dos alunos.
Sinopse
Inicia por estabelecer que o ressentimento é um tema necessariamente ligado ao afeto, entendido o afeto como tudo aquilo que nos afeta, que nos toma, que nos pega. Porém estipula que o ressentimento deve ser tomado como um tipo de afeto problemático, um afeto enjaulado, encriptado, guardado, não digerido, que tem por efeito causar mal-estar.
Observa que a psicanálise é uma forma de regurgitar e trabalhar o ressentimento, de “botar para fora”; não necessariamente de vomitar, mas falar – que é o caminho que a psicanálise mostra –, de ajuda a digerir aquilo que ficou na forma de núcleo resistente, de núcleo patógeno.
Apresenta exemplos de circuitos de ressentimento nos círculos internos familiares e em outros grupos sociais íntimos e não somente os institucionais de cunho público, porém privados e restritos, e como existem situações limites e mesmo caricaturais nessas condições supostamente protegidas, “afetivas” e “carinhosas” de construção da infância e da construção da personalidade.
Utiliza o exemplo de contos de fadas da madrasta da branca de neve para mostrar como, por circunstâncias externas e sobretudo educacionais, alguém levado a estar no lugar de inferioridade e infelicidade e mal-estar e/ou, se essa instituição/pessoa porventura se encontra em local de poder de opressão, ela vai perseguir aquelas pessoas que simbolizem ou tenham alguma coisa do frescor e da liberdade ou que possam oferecer ainda que simbolicamente qualquer tipo de risco à sua “fragilidade” íntima, pessoal.
Analisa outros grupos sociais como os ambiente de trabalho, onde existem colegas supostamente unidos por propósitos e afetos comuns e engendrados de forma amigável e conivente, porém que, mais que comumente, camuflam um campo minado de ódio, inveja, desencontro. Estabelece a pergunta retórica de o que fazer diante disso, se, aonde quer que as pessoas vão, estarão sendo julgadas, classificadas, categorizadas, muitas vezes humilhadas, desprezadas, e como podemos pensar algo que vá na direção contrária, para poder pensar que, pela via da psicanálise, uma pessoa pode conseguir melhor situar seus afetos e sua postura diante das demais e podermos ter a produção de afetos que vençam a dimensão do ressentimento.
Apresenta em slide o esquema do ressentimento como um circuito de vida infinito e retroalimentado em que o mal-estar em si, fruto de algo interno, acontece porque: a pessoa não ab-reage (“ab-reagir”: conseguir botar para fora, dizer, reclamar, impor limites, expressar sua insatisfação); daí esse algo retorna como núcleo patógeno fica retido porque a libido – a energia vital dela – aderiu ao sistema de opressão; por isso a pessoa ressentida é a primeira a fazer o próprio ciclo do ressentimento acontecer, na medida em que ela é a responsável pela manutenção do mal sentimento, da má consciência.
Conceitua ressentimento, finalmente, como o processamento do afeto internalizado, impossível de ser trabalhado, transformado em impotência, que é o próprio dizer “não” à vida, aos desafios a caminhar de forma desimpedida e sem receios plausíveis e medos concretos.
Finalidade da Aula
Entender o ressentimento utilizando como texto-base para análise o “Das paixões alegres e dolorosas”, de Assim falou Zaratustra, Parte I, de Friederich Nietzsche.
Aula
02
Sinopse
Avança no tema do ressentimento utilizando algumas ideias que Nietzsche aborda em seu livro Assim falava Zaratustra, analisando especificamente o trecho “Das paixões alegres e dolorosas”, Parte I.
Explora e apresenta personagens-tipos de ressentidos, através de diálogos cotidianos e monólogos internos analisando-lhes psicologia e características discursivas.
Estabelece um novo conceito – jocoso – como parâmetro para o ressentimento no tocante à relação, denominado D.R. - DETONAÇÃO RESSENTIMENTALISTA (trocadilho-paródia de D.R. - Discutir a Relação) definido como à necessidade recalcitrante e constante de responsabilização de culpabilização e (nervos a flor da pele por qualquer instância) numa situação coisinha) e de “ressentimento fervilhante”.
Apresenta a alegoria de Nietzche nas formas do camelo (subserviente, ruminante, seguidor da conformidade) do leão (legislador, altivo e executor) e da criança (indiferente, inconsequente, lugar deslizante), esta última como lugar sem ressentimento, por excelência.
Finalidade da Aula
Entender o ressentimento a partir da caracterização do passivo-agressivo, usando exemplos do cotidiano e tomando por base o texto “Das tarântulas” de Assim falou Zaratustra, de Friederich Nietzsche, para análise.
Aula
03
Sinopse
Aborda o termo comumente utilizado nas mídias “passivo-agressivo”, partindo de sua colocação vulgar desconstruindo-o e retomando-o à luz do instrumental psicanalítico.
Elabora uma caracterização do passivo-agressivo à moda das personagens literárias, a partir de comportamentos, objetivos, discursos e psicologias, como: horror ao historicismo, bons modos, escuta atenciosa, prestativo, um tanto ou quanto altruísta, baluarte da boa moral e dos bons costumes, defensor da ordem e da justiça, porém, simultaneamente, dissimulador mimético, camuflador da agressividade contida e das verdadeiras intenções.
Caracteriza a ação instrumental do passivo-agressivo – um oportunista estratégico - como aquela que tenciona usar as boas intenções e instintos e o sentimento de culpa de sua “presa” contra ela mesma, fazendo sem que se perceba, a extração dos seus afetos.
Na sequência, aproxima a ação do passivo-agressivo com a atuação “tarantular” da sociedade, tomando por texto-base o “Das Tarântulas”, de Assim falou Zaratustra, de Friederich Nietzsche, lendo-o por inteiro, analisando as principais e correspondentes características e psicologias.
SOBRE O CURSO
Certificado de
participação
3 aulas gravadas de aprox. 1h15 cada com momento de perguntas e respostas, disponíveis por 1 ano
Área exclusiva para o aluno em nosso portal
Material de apoio
ao aluno com referências bibliográficas
