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SUPER INCONSCIENTES, ATIVAR: FORMA DE PSICANALISANDO, FORMA DE ANALISTA

Atualizado: 10 de jun. de 2021

Sabe aquele desenho bacana que a gente assistia quando criança, “Super Gêmeos, ativar! Forma de água, forma de fogo”?!... Esse é o trabalho do inconsciente, ativar formas. Se eu pudesse, eu diria: forma de um big & bang!

Ativar forma de um foguete atômico. Ativar forma de um travesseiro para dormir. Bobagens... sonhamos! Sonhamos tantas e tantas formas. Mas para o analista é acompanhar a pessoa na associação livre para ver se a vida dela fica menos sofrida. Esse talvez seja um jeito interessante de se pensar a psicanálise. Um eterno construir: linguajar, linguageiro, lingual. É um eterno construir de um texto que a gente passa, repassa, refaz. É um work in progress Mas talvez a gente empreenda isso em benefício de algo que possamos julgar genuíno na gente.


E o que é ser genuíno? Talvez seja estar mais próximo de uma sintonia consigo. Mas não é fácil; pra muita gente não é fácil ser original. A pessoa está tão esparramada no outro que é difícil. É difícil mudar uma coisa, olhar enxergar. Nesse sentido, a psicanálise nos faz mudar porque a gente enxerga outras coisas.


Assim, a psicanálise faz com que a pessoa possa pensar as suas escolhas, os seus hábitos, o modo como olho para o outro. E isso vai depender de quem é que está te tomando energia, quem é que te faz pária. Sabe por que eu falava da questão do ressentimento? Para a gente, que está trabalhando filosofia-psicanálise-ocidente, a gente está sempre chegando na questão do sentimento, do afeto e vendo como isso vibra na gente.


Mas... a gente se ressente, talvez, daquilo que a gente não tenha feito, e que a gente não tenha tomado a potência de ação. O ressentimento está naquilo em que a gente fica confinado, preso, ressentindo (caixa de ressonância). Esse ressentimento pode ficar lesionando o seu corpo, pode te trazer um sentimento de frustração crônico.


Não fez por que tem medo, criança? Mas se a gente não negociar com o medo, vai passar boi, vai passar boiada e a gente na mesma cadeira. Então, é um desafio, uma forma que a gente tem de dizer “eu posso”. Eu não vou ficar ressentindo porque essa pessoa foi embora, porque eu fiz bobagem no passado, porque eu não tive coragem. Eu vou tentar vasculhar, eu vou tentar caminhar. Eu vou tentar sentir de outra forma, vou ser de outra forma, porque, se do jeito que eu estou sentido não está dando, então você vai ter que sentir diferente. Essa diferença é produtora. É (o outro tudo) porque Ela trans-forma.


Carlos Mario Alvarez - Psicanalista


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