Não há reposta exclusiva, nem caminho único, nem caminho certo, quando se trata de falar de como levar a vida. De como resolver situações difíceis. De como equacionar conflitos.
Não há!
O que há é possibilidade de experimentações no momento, de acordo com as situações envolvidas, com os elementos. Muitas vezes as pessoas se perdem, se aprisionam por conta de ficarem referidas a um determinado Outro, a uma determinada instância, a um determinado tipo de crença ou de pensamento, ou de aprovação.
As pessoas querem aprovação, querem se sentir pertencendo, mas com isso acabam não pertencendo a si própria; aquilo que são elas no seu íntimo: na experimentação do seu corpo, das suas nuances. Então não pode haver nada mais precioso para alguém do que ter, em si mesmo, a capacidade de se sentir, reexperimentar e reinventar a cada movimento, a cada situação.
Criar os movimentos, deixar o corpo fluir. Talvez a psicanálise possa, de alguma maneira, insistir na não existência de um código fixo de valores e na tentativa de indiferenciação do certo e do errado quando se trata da experiência subjetiva, ou seja, daquilo que me faz bem ou me faz mal.
Eu deveria ser capaz de “saber melhor sobre isso” se é que eu quero ter “uma certa autonomia sobre aquilo que eu vivo”.
Um saber sobre a minha marcha.
Carlos Mario Alvarez
Comments