Aqui vão algumas ideias que podem ajudar a pensar o funcionamento da mente humana.
Ela é dinâmica – significa dizer que ela não fica parada, ela não fica no mesmo lugar; e mesmo que haja pontos de fixação e de neurose, a mente está produzindo movimentações.
O inconsciente que não está dentro e nem fora da mente, mas que é uma condição de produção de elementos psíquicos, esse não pára. Esse não tem nenhum tipo de impedimento de fixação. Ele jorra.
Quem apreende alguma coisa é o sujeitinho que tenta se virar com o que cai no seu colo; com aquilo que ele herda, com aquilo que ele ganha e com aquilo que ele compra sem saber que está comprando.
Mas ainda assim nada fica parado, estagnado. As pessoas, muitas vezes, querem que as coisas sejam sempre do mesmo jeito, que elas sejam encontradas e permaneçam no lugar. Não ficam.
Freud falava da pulsão de morte como aquilo que não consegue encontrar uma consistência, uma apreensão, portanto, não se inscreve, não se apreende. E muito do que acontece com as coisas é da ordem da extinção.
A ideia de morte é de entropia, de extinção das coisas. As coisas não permanecem, elas vão se desfazendo com o próprio passar desse tempo que a gente humanamente chama de cronológico.
Então nada fica. Tudo se mexe. Mesmo que você não queira e não perceba.
Carlos Mario Alvarez
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