Técnicas Psicanalíticas
Curso

Muitas pessoas vivem suas vidas ajustadas em níveis baixos de realizações. Sentem-se travadas, inibidas, incapazes… Com o passar do tempo se habituam a rotinas entediantes, perdem seus ímpetos de conquistas e superação. Tornam-se medíocres e conformadas. Em situações assim tem-se a ação do “complexo de inferioridade”. Neste curso você aprenderá a identificar padrões relativos ao “complexo de inferioridade” visando sua melhor compreensão e superação.
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CRONOGRAMA
Finalidade da Aula
Fazer uma apresentação introdutória do complexo de inferioridade, mostrando as origens da expressão, os principais autores que trataram do assunto e trazendo uma possível ou provisória abordagem teórica e esquema analítico.
Aula
01
Público
Interessados em Psicanálise, psicologia, aspectos da vida cotidiana e todos que desejarem se aproximar e se aprofundar no tema.
Objetivos de Conhecimento
Exposição teórica do professor e interação e discussão a partir das perguntas dos alunos.
Sinopse
A 1ª aula do Curso Simbioses, apresentada pelo Professor-Doutor Carlos Mario Alvarez, inicia trazendo a expressão Complexo de Inferioridade (e o Complexo de Superioridade) como um termo cunhado por Alfred Adler, vindo na sequência da leitura de Nietzsche, e com o intuito de trabalhar as dimensões motivacionais, fazendo com que se suprimissem as dimensões mais opressoras.
Aborda o complexo de inferioridade como estando ligado ao narcisismo, à questão dos ideais e codependente da educação e da relação materna, levando em consideração uma série de elementos que fazem com que uma pessoa, desde criança, se sinta em desvantagem, menor, apequenada e, portanto, inferiorizada
Apresenta uma série de situações cotidianas e/ou imaginadas, de onde se retiram elementos para análise, caracterizando o complexo. Destas análises e situações, conceitua a ideia de “sítio” como lugar subjetivo-existencial em que a pessoa se encontra ou deva-queira se encontrar — espaço vital e delimitador de sua essência e vitalidade. Este é o modelo, valor padrão a partir do qual as outros elementos exteriores devem tomar medida, e não o contrário.
O narcisismo, portanto, seria a coabitação deste sítio, caracterizado, originariamente, como a potência de vida, o dizer sim. A má estruturação do narcisismo é uma possível origem do complexo de inferioridade – e isso poderia ser corrigido pela (re)construção deste “sítio”, local de habitação prazeroso de si e de seus hábitos (re)conquistado pelo indivíduo.
Mostra que não existe uma “teoria” do Complexo de Inferioridade, daí a necessidade de apresentação deste módulo após os módulos de Narcisismo, de Complexo de Édipo e Ressentimento. Apresenta a partir de elementos derivados de dimensões teóricas apresentadas nos cursos anteriores um gráfico/esquema provisório de funcionamento do complexo de inferioridade.
Ao final, o professor responde às perguntas dos alunos, num processo de interação que busca suscitar dúvidas e curiosidades acerca do tema, abrangendo outros exemplos e outras experiências clínicas.
Finalidade da Aula
Abordar o complexo de inferioridade a partir da ideia de renúncia ao corpo, pautada em uma educação repressora e de anulação das virtudes estéticas materiais e da potência inerente ao indivíduo.
Aula
02
Sinopse
Inicialmente o professor Carlos Mario Alvarez chama a atenção para a questão do corpo sob o aspecto da construção da individualidade sob a égide das limitações do nosso corpo físico. Aborda, secundariamente, o advento da consciência, como dissociação e indissociabilidade deste corpo – como diferença e reconhecimento -, daí para a noção de que a consciência também é múltipla, e que é com múltiplas consciências que temo que lidar com.
Acompanha o processo social de educação da pessoa em sociedade e como essa educação pode nos tornar tanto pessoas emancipadas, confiantes, altivas ou como podemos nos tornar pessoas com libido incerta, deslocadas dos nossos desejos e anseios, impotentes e infelizes e “complexadas”, por exemplo. Daí entender-se que essa educação social não trabalha necessariamente (ou trabalha “contra”) a educação do corpo, abordando em seguida as várias formas de “cultura” do corpo, como consequência ou reação.
Tenta mostrar como a psicanálise, através da fala e da associação livre, busca o caminho de cura, ou pelo menos de um melhor desdobramento pessoal, através da construção de um “corpo” potente, ou seja, da construção de um “corpo” resistente.
Ainda nos exemplos e à luz do complexo inferioridade mostra como as educações tradicionais são as educações de renúncias do corpo, de renúncia da expressão, são educações que significam contenção da pulsão, contenção da errância, sendo a psicanálise um processo de reeducação.
Conclui a apresentação com uma análise de um trecho de Vontade de Potência, de Friederich Nietzsche, em que se expõe a ideia de “moral do rebanho”, uma espécie de código de confuta, de valores, de crença, com o qual se deve educar qualquer um, para que esse um venha a ser aceito e se tornar rebanho. À luz do texto, reexamina o que foi estudado anteriormente sobre o processo de educação social, de renúncia do corpo e suas implicações para com o desenvolvimento do complexo de inferioridade.
Finalidade da Aula
Abordar temas complementares ao Complexo de Inferioridade trazendo a colaboração acessória de Nietzche através da ideia de amor fati e de moral do rebanho, de analogias a conceitos de Marx, como mais-valia e ideologia, e trazendo a baila considerações sobre as “fantasias narcísicas do complexo de inferioridade”, entre outros aspectos.
Aula
03
Sinopse
Inicia contemplando a fase ulterior de Nietzsche, compreendendo-o como filósofo artista, na intuição de existência plena como vontade de potência e vontade de mais potência, associando-as ao conceito freudiano de pulsão, como jorro, fluxo, descarga. Partindo desse princípio considera que é possível falar-se sempre também de seus opostos, considerando-se que onde tem potência, também há impotência de alguma maneira; dessa forma entende o recalque como uma força que atua para minimizar as potências.
A partir dessas considerações preliminares participa alguns exemplos estabelecendo que em qualquer circunstância em que se envolva o sujeito sempre existem fatores diminuidores de forças: repressores, contendores (de contenção), mormente nos processos de educação. Tão quanto nas instituições sociais, podem ser estendidos às perdas da infância até a fase adulta, partindo sempre dos tratos infantis, constituidoras das formas de ver o mundo, criando uma imagem de si inferior, uma sucessão de frustração, de “neurotização” e a progressiva perda de vitalidade e de suas potências, constitui-se, dessarte, o complexo de inferioridade como incapacidade de atuar dentro da vontade de potência, tendo vigorado a contraforça institucional do recalque.
Em outra abordagem, entende o complexo de inferioridade como uma espécie de neurose da comparação. Busca em Marx a analogia com a mais-valia e o conceito de alienação, considerando que o complexo, assim definido, é um modo de alienação – pois o sujeito está sempre buscando uma identidade, uma cópia em algo que não existe, fora de si mesmo, levando-o a ficar produzindo ideias, hiatos que repetem sensações de inferioridade.
Adota a perspectiva nietzscheana de amor fati como um possível desdobramento positivo – uma saída – para essa neurose instalada – ou falha narcísica -, preferivelmente com o acompanhamento do trabalho psicanalítico, em que o sujeito se disponha a dizer sim aos fatos, à afirmação da vida como muito mais importante do que o medo da morte, e, enfim, tentando desmistificar o que o professor-autor classifica como “fantasias narcísicas do complexo de inferioridade”, ou construção semialucinatória de uma irrealidade autoimpingidade e imolatória de identidade.
Ao final, o professor responde às perguntas dos alunos, num processo de interação que busca suscitar dúvidas e curiosidades acerca do tema, abrangendo outros exemplos e outras experiências clínicas.
SOBRE O CURSO
Certificado de
participação
3 aulas gravadas
de 1h15 cada
Área exclusiva para o aluno em nosso portal com a gravação das aulas disponíveis por
1 ano
Material de apoio
ao aluno com referências bibliográficas

CONHEÇA O PROFESSOR:
Carlos Mario Alvarez é Psicanalista, Doutor pela PUC-RJ, Mestre em Teoria Psicanalítica (UFRJ) e curador do Projeto "Psicanálise Descolada".
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