No Grupo de Supervisão "A Psicanálise dos casos-limite: Borderline e Bipolaridade" você terá a oportunidade de estudar e compreender o que são “casos-limite”. Situações onde o psicanalista precisa lidar com transbordamentos, instabilidades e descontinuações psíquicas dos pacientes. Ou seja, instabilidade emocional, dificuldades no manejo da relação transferencial (paciente/analista), sintomas muito resistentes e o império da desconfiança por parte do paciente.

Estamos no terreno daquilo que Freud designou por “transferência negativa”: ódio,  passionalidades e posturas regressivas. Tudo isto se ergue como verdadeiros obstáculos rumo à cura psicanalítica. O paciente, cujas formações psíquicas são inconsistentes e pouco sintônicas, tem por dificuldades manter a constância nos relacionamentos e, portanto, no tratamento. É como se tudo estivesse a ponto de explodir a todo e qualquer momento. O paciente sofre hemorragicamente e o psicanalista ampara, interpreta, intercede, age. Jogo de forças, tensões.
 

A análise logrará êxito se ambos - analisando e psicanalista - conseguirem se reconhecer nos efeitos de linguagem que produzem juntos a partir do desdobramento das sessões. Porém, o fato de se tratar de “casos-limite” faz com que nada possa garantir que  a transferência continuará até o ponto de se resolver. Ambos estão na corda bamba. Trata-se de buscar melhores posicionamentos diante do equilíbrio distante. Desafios clínicos.